PERFUME, diga-me com qual anda e te direi quem é.
A escolha de um perfume pode envolver muitos fatores, que
podem ir muito além da nossa imaginação, já que o olfato é o sentido humano
mais envolvido com o mundo das emoções, pois ele é processado no cérebro na
mesma região que controla a memória, o instinto, a satisfação e a sexualidade.
A partir de registos encontrados e análises de frascos antigos,
pode-se afirmar que estes frascos eram destinados a guardar substâncias
aromáticas e datavam o período de 5000 a.C..
Há também registros que povos antigos usavam a fumaça (o
fumo) da combustão de madeiras, ervas e especiarias em rituais de agradecimento
aos deuses e também como forma de espantar espíritos malignos, através dos
aromas destas plantas, acreditava-se que o fumo ascendia aos céus e chamava a
atenção aos deuses. Usava-se o sândalo, a mirra, o olíbano (incenso) e a
canela, até ao cálamo e o cedro do Líbano.
Estes hábitos antigos explicam a origem da palavra perfume,
que deriva do latim “Per Fumum” que significa “através da fumaça”.
O primeiro
povo a ter uma utilização regular dos perfumes foi o povo Egípcio. No Egito os
perfumes eram fabricados pelos sacerdotes dos templos, de forma artesanal, que
os utilizavam nos seus rituais diários. Até as múmias egípcias eram ungidas com
várias misturas de ervas aromáticas, durante o seu embalsamamento.
Na Grécia foi criada uma técnica própria de perfumaria, pois
os gregos ao mergulharem flores e ervas em óleo e em vinho, descobriram, talvez
sem querer, a técnica da maceração para extrair os aromas.
A civilização Romana era grande apreciadora de aromas
perfumados, usando diversas essências nas massagens e banhos.
A tradição cristã também tem registros relacionados ao
“poder” do perfume, pois uma das oferendas que os Reis Magos trouxeram para
oferecer a Jesus no momento de sua chegada ao mundo foi mirra e olíbano (incenso).
Quanto à Europa, foi durante a época renascentista que as
fragrâncias, os bálsamos e as loções passaram a serem utilizados.
No final do século XVIII o perfume começou a ser associado à
arte da sedução e foi no século seguinte que o perfume passou a ser associado
com a moda, numa relação tão íntima que se mantém até aos dias de hoje.
A busca por hábitos naturais tem aberto portas recentemente
para o consumo de óleos essências (aromas naturais). Extraídos de plantas
aromáticas, além de perfumarem pessoas, PETs e ambientes, possuem propriedades que
podem acalmar, animar e harmonizar.
Seu uso em Colares Aromáticos, tipo de
difusores pessoais de aromas, é uma forma simples para a prática da
Aromaterapia, a terapia dos aromas naturais.
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